Acusada de fraude, Miss Bumbum Tocantins é desclassificada



Lívia Santos, candidata ao concurso Miss Bumbum representando o Tocantins, está desclassificada do concurso. De acordo com a organização da competição, a referida candidata recebeu votos através de um programa automático de computador que registra os mesmos diretamente no banco de dados, ou seja, os votos seriam computados fora da página de votação, o que configuraria prática de hacker.
Tão logo constatada a suposta fraude, a equipe de informática do Miss Bumbum estabeleceu mecanismos de proteção e impossibilidade de novos acessos por pessoas ou programas automáticos no banco de dados, a fim de garantir a lisura da competição.
Procurada pelo EGO, Lívia não só nega que tenha adulterado o número de votos do concurso, como afirma ser vítima de extorsão para vencer a competição. "Estou indignada. Me pediram R$ 30 mil para vencer", disse a modelo.
Lívia entrou na competição após um mês do início do concurso substituindo uma outra candidata que havia sido desclassificada. Na ocasião, estava em 15º lugar e, para poder se recuperar, decidiu contratar pessoas para votarem nela. De acordo com a modelo, não há nada que impeça o procedimento no contrato do Miss Bumbum e o próprio organizador, Cacau Oliver, não viu problemas na prática chegando a divulgar notas na imprensa relatando a iniciativa da concorrente. Lívia disse ter gasto R$ 15 mil para as pessoas que trabalharam votando por ela ao longo de um mês. 
"Em um mês cheguei em segundo lugar com a ajuda de amigos e das pessoas que contratei. Pesquisando na internet qualquer um tem acesso ao número de votos de cada candidata. Na sexta-feira, 24, eu estava acompanhando a votação e vi que de repente surgiram 6 mil votos a mais para a concorrente que está em primeiro lugar, Claudia Alende. Liguei para o Cacau questionando e ele ficou surpreso por eu ter descoberto", disse a modelo. Ela acredita que Cacau adulterou o número de votos para assegurar a vitória de Claudia.
Determinada a vencer a competição, Lívia contou que contratou 17 meninas e as alocou no escritório que mantém com o marido para que ficassem 48 horas votando durante o fim de semana, além de três lan houses com a mesma finalidade. "Tenho nota fiscal das lan houses, tenho como pegar declaração das pessoas que votaram em mim sábado e domingo por 48 horas. Foram 52 computadores que geraram 86 mil votos num fim de semana. Foi assim que consegui passar a Cláudia e fiquei em primeiro no ranking. Tenho tudo anotado, inclusive a numeração de todas as máquinas", argumentou. 
De acordo com Lívia, na segunda-feira, 27, após vê-la na liderança, Cacau a acusou de fraude e disse que iria desclassificá-la. "Ele não tem como provar. Ele acha que adulterei os números finais, mas tenho até fotos das pessoas votando. Ontem à noite brigamos. Ele é uma pessoa descontrolada e destemperada, que não escuta a gente. Disse: 'Eu sou o dono do concurso, ponho e tiro quem eu quero'. Tenho tudo gravado. Ele mandou o assistente dele, Felipe, me fazer uma proposta. Estou indignada. O Felipe conversou com o meu marido e disse que o Cacau estava convicto que houve fraude, mas que se eu pagasse R$ 30 mil eu vencia o concurso. Que ele me garantia o primeiro lugar na internet, sendo que eu já estava na frente", afirmou ela.
Agora, Lívia pretende resolver o imbroglio na Justiça. "Vou fazer um boletim de ocorrência hoje. Ele me tirou do concurso e não vai ficar barato. Além de me tirar, a Claudia Alende foi para primeiro lugar e com 10% a mais na votação. Até nisso ele é uma fraude e está roubando", acusou a modelo, que pagava um salário mínimo por mês para cada uma das pessoas que votavam nela.
'Jamais falaria de fraude sem ter provas', afirma Cacau Oliver
Procurado pelo EGO, Cacau respondeu: "Não fui eu que disse que ela fraudou. Temos um empresa de informática que faz a contagem de votos, eles que me passaram que ela fez a fraude. Tenho como provar! Mesmo porque não me interessa desclassificar alguém, uma a mais ou a menos no concurso é indiferente para mim. Esse é um concurso sério, invisto dinheiro, não tenho patrocinadores, jamais falaria de fraude sem ter provas. O que aconteceu foi que ela entrou, estava em último lugar e do nada ficou entre as primeiras. Aí, a empresa percebeu a fraude e me acionou", disse ele, rebatendo a acusação de extorsão: "Claro que é mentira. E uma acusação muito grave. Ela tem como provar? Vídeo, gravação, algo? Não pode falar algo assim sem provar. E eu não favoreço nenhuma candidata. É um concurso sério."
Lívia disse ainda que a data de encerramento da votação online foi alterada para beneficiar Cláudia. "O encerramento da votação era para ser dia 10 de novembro, mas na semana passada, quando ele percebeu que eu ia alcançar a Claudia, ele antecipou a final para o dia 31 de outubro e mandou um e-mail para todas as candidatas avisando. Como tinha só uma semana para conseguir alcançá-la foi por isso que contratei mais três lan houses no fim de semana", contou. 
"Eu me empenhei e ele não tem o direito de simplesmente me desclassificar sem provas até porque eu paguei R$ 10 mil de taxa só para entrar nesse concurso. Gastei R$ 15 mil em votação e R$ 4 mil com o vestido que iria usar no dia do desfile. E ontem ele ainda quis me extorquir mais R$ 30 mil", afirmou ela, que pretende processar Cacau por danos morais.
"E se precisar vou mostrar o quanto esse homem é bandido e gosta de dinheiro. No começo, queria que eu fizesse uma assessoria de imprensa de R$ 3 mil por mês com ele, mas como dono do concurso não poderia fazer isso porque assim favorece apenas quem paga. Eu não paguei porque achei errado. A Claudia Alende, a Indianara Carvalho e a Rebeka Francis pagam. A Rebeka inclusive mora junto com ele e com a Andressa Urach, que é jurada do Miss Bumbum. Tem muitas coisas erradas", comentou.
Segundo Cacau, não houve da parte dele nenhum favorecimento a Claudia: "Enviei fotos dela, como envio de todas as candidatas. Se ela está em primeiro, é por mérito dela. Inclusive, também estamos investigando os votos dela e, se houver fraude, ela também será desclassificada", afirmou ele, reforçando: "Avisamos, conversamos com Lívia antes de enviar o comunicado de desclassificação. Ela não rebateu nossas provas de fraude, por isso não tivemos alternativa".
'Se eu for desclassificada nunca mais participo de um concurso', avisa Claudia Alende
Claudia Alende, representante do Paraná, também está sob suspeita: a moça, que ocupa o primeiro lugar no concurso, terá seus votos analisados. Caso venha a ser comprovada a fraude, a paranaense também será desclassificada.
"Ontem a organização do concurso me procurou e falou que minha votação estava estranha porque eu estava muito na frente. Estou chocada! Minha família está desesperada, gastamos tempo e esforço de amigos e familiares para depois falarem que é fraude? Isso é ridículo. Tenho milhares de seguidores nas redes sociais e isso justifica eu estar no primeiro lugar. Quero que eles verifiquem que minha votação não é sistemática, não depende de computadores. Estou desesperada! Se eu for desclassificada nunca mais participo de um concurso", afirmou ela, acrescentando nunca ter ouvido a proposta de pagar R$ 30 mil para vencer a disputa: "Não, nunca me falaram isso. Será que Lívia não falou isso por estar irritada por estar desclassificada? Talvez ela tenha  feito isso para deixar o concurso em dúvida."



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